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11 de Janeiro de 2021, 17:41
Em algumas lavouras, produtividade média encolheu quase 15% na comparação com o desempenho registrado na última safra
A colheita da soja movimenta as fazendas que cultivaram o grão em pivôs em Mato Grosso. Numa safra castigada pelo tempo seco durante a fase inicial do ciclo, nem mesmo as áreas irrigadas conseguiram repetir o bom desempenho do ano passado. Em Sorriso, no médio-norte do estado, agricultores que já começaram a colheita da oleaginosa confirmam os resultados inferiores ao do último ciclo.
Na Fazenda Leopoldina, por exemplo, a colheitadeira trabalhou neste fim de semana. Avançou sobre 100 dos 300 hectares cultivados sob pivôs na propriedade. A produtividade até aqui ficou em torno de 70 sacas por hectare, 10 sacas a menos que a obtida nas áreas irrigadas na safra passada.
“Nós estamos iniciando a colheita da soja em área irrigada e a produtividade está entre 12% e 14% menor em relação ao ano passado. Estamos bem apreensivos para as áreas que não estão irrigadas, onde o problema pode ser maior devido à falta de umidade e excesso de temperatura”, comenta o agricultor Fábio Laier, que disse ter ligado com mais frequência o equipamento nesta safra. “Em novembro, chegamos a ligar 10 dias seguidos os pivôs”, afirma, lembrando que com o maior uso, os custos também ficam maiores.
O agricultor Tiago Stefanello também relata produtividade aquém da registrada na safra 2019/20 nas áreas irrigadas. “No geral, as médias dos pivôs estão abaixo do ano passado, cerca de 7% a menos”, afirma.
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